refluxo

Entenda a diferença entre refluxo fisiológico e patológico

Você sabia que cerca de 50% das crianças têm refluxo? Esse percentual nos leva a crer que essa é uma condição relativamente comum, mas você sabia que nem sempre é normal? Bom, na verdade há 2 tipos desse problema: refluxo fisiológico e patológico. É preciso diferenciar esses quadros para saber o momento certo de procurar ajuda médica, até porque, o patológico pode trazer desdobramentos sérios para a saúde. Quer descobrir quais são as principais diferenças entre os 2 tipos de refluxo? Venha comigo que vou lhe contar!

O que é refluxo fisiológico?

O refluxo fisiológico é aquele considerado normal. Mais frequente em bebês, apresenta sintomas são mais intensos até os 6 meses de idade. Ele consiste no retorno do leite e de outros alimentos do estômago para o esôfago e do esôfago para a boca, resultando nas famosas golfadas. Com o crescimento da criança, a mudança postural, deixando de ficar unicamente deitada, e a inserção de novos alimentos no cardápio, o refluxo tende a amenizar ou a desaparecer por completo.

E refluxo patológico, afinal?

O refluxo patológico, também chamado de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), é um quadro mais grave e não pode ser considerado normal. Essa condição requer acompanhamento durante a infância, pois alguns quadros apresentam alterações clínicas relacionadas ao refluxo.

Quais são os sintomas de refluxo fisiológico e patológico?

No fisiológico os principais sintomas são os vômitos e a regurgitação, que normalmente acontecem  após a mamada. O quadro também pode contar com manifestações mais atípicas, como irritabilidade e desconforto abdominal. No patológico podem ocorrer os vômitos, mas também são frequentes outros sintomas, como fortes engasgos, azia, dor de garganta e náuseas. É importante ressaltar que a DRGE costuma ser mais duradoura e pode não se limitar à infância.

Quais são as causas dos 2 tipos de refluxo?

No fisiológico as causas estão associadas à imaturidade do sistema digestivo dos bebês. Nos primeiros meses de vida, o esfíncter esofágico, uma espécie de válvula localizada na porção final do esôfago, não tem força suficiente para funcionar da forma adequada. Além disso, a alimentação predominantemente líquida e a posição deitada favorecem o retorno dos alimentos. O patológico pode ser causado por alterações no esfíncter esofágico, na hérnia de hiato ou, até mesmo, por fragilidade nos músculos da região.

Como tratar?

No refluxo fisiológico, não é necessária nenhuma abordagem terapêutica específica. É possível prevenir o excesso de regurgitações mantendo o bebê mais elevado durante as mamadas e colocando-o para arrotar depois de terminar. No refluxo patológico, além dessas medidas, vale a pena adotar o uso de colchão antirrefluxo, não colocar o bebê para deitar depois de mamar e utilizar medicamentos caso o pediatra assim oriente. Somente o especialista pode confirmar a necessidade de tratamento medicamentoso para alívio dos sintomas, bem como pode definir o tipo de fármaco, a dosagem e duração do tratamento. Também é esse o profissional que poderá ajudá-lo a diferenciar o refluxo fisiológico e o patológico, se for o caso, no seu bebê. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra e pneumologista em Cuiabá!
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