Uma boa audição é fundamental para o desenvolvimento da fala na infância. Por isso, a triagem neonatal auditiva ou o teste da orelhinha precisa ser realizado logo após o nascimento, entre o segundo ou terceiro dia de vida do bebê.
Você sabe como esse exame funciona? Entende a importância dele? Então, recomendamos a leitura deste post. A seguir, responderemos a essas e outras dúvidas.
Entenda mais sobre o teste da orelhinha
Trata-se do exame mais moderno para constatar problemas auditivos em recém-nascidos. Pela sua realização, é possível iniciar o diagnóstico e o tratamento de alterações auditivas precocemente, caso existam.
Ainda, o teste da orelhinha é um procedimento simples e indolor, sendo feito quando o bebê está dormindo. Segundo estimativas do Hospital Sírio Libanês, três em cada 1000 recém-nascidos apresentam algum grau de deficiência auditiva.
Por que ele é importante?
Entre as principais causas de problemas auditivos estão as malformações congênitas, doenças genéticas e infecções. Neste sentido, o teste possibilita o diagnóstico precoce dessas patologias.
Dessa forma. a criança aprende a lidar com sua deficiência e consegue ter um desenvolvimento neuropsicomotor e aquisição da fala próximos do normal. Após a detecção do problema, o bebê precisa passar por outros testes e realizará tratamento com um fonoaudiólogo.
Ainda, o exame é tão importante que, desde 2010, passou a ser obrigatório que toda criança não saia da maternidade sem realizá-lo. Além disso, ele deve ser oferecido gratuitamente aos pais.
Quando deve ser realizado?
A orientação é para que o teste da orelhinha seja realizado a partir das primeiras 48 horas de vida. Porém, pode ser feito em qualquer idade, caso haja a desconfiança de que a criança não escuta porque não reage aos sons.
Como funciona o teste da orelhinha?
O pediatra realiza o exame de emissões otacústicas evocadas, que avalia as células ciliadas externas da cóclea, que ficam na orelha interna. Em cerca de 30% da população a cóclea é capaz de emitir sons ou ecos espontaneamente. Nos outros 70%, as emissões podem ser evocadas por meio de um estímulo sonoro.
Durante o teste, o pediatra coloca uma sonda com um alto-falante e um microfone na orelha externa do recém-nascido, que estará dormindo. Por meio da sonda, os sons são emitidos e o eco é captado e analisado por um computador.
Em alguns casos, o resultado apresenta alterações em apenas uma orelha. Nessas situações, a causa pode estar relacionada com a presença de líquido amniótico no interior do ouvido. Assim, recomenda-se que o exame seja repetido após um mês.
Ainda, se houver alterações nas duas orelhas, o médico irá indicar o acompanhamento de um otorrinolaringologista ou de um fonoaudiólogo. Posteriormente, entre os sete e 12 meses, a criança precisará repetir o exame.
Portanto, após a leitura deste post, você conheceu os motivos que fazem com que o teste da orelhinha seja de extrema importância para o desenvolvimento dos recém-nascidos, além de entender como ele funciona e quando deve ser realizado.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra e pneumologista em Cuiabá!