A asma é uma doença respiratória crônica comum que consiste no estreitamento dos brônquios — o que dificulta a passagem do ar e provoca broncoespasmo ou contrações.
Além de falta de ar e dificuldade para respirar, os outros sintomas causados pela doença são: tosse, chiado e aperto no peito.
No Brasil, há cerca de 20 milhões de asmáticos e o diagnóstico é dado por meio da prova de função pulmonar completa, também conhecida como prova ventilatória, teste do sopro ou espirometria.
Esse exame visa entender o desempenho, funcionamento e limitações do pulmão e é feito com um equipamento chamado espirômetro, que apresenta esses resultados a partir do sopro do paciente.
A seguir, veja quais são as causas da asma e os seus principais tratamentos.
Causas da asma
A doença é gerada devido a uma hipersensibilidade dos brônquios que, em grande parte das vezes, é causada por um fator hereditário.
A fisiopatologia desta condição inflamatória tem relação à comunicação entre fatores genéticos e ambientais.
Em torno de um terço dos asmáticos têm ao menos um familiar (avós, pais, filhos ou irmãos) que possuem a mesma doença ou outra de caráter alérgico.
No entanto, há fatores ambientais que atuam como agravantes ou precipitantes do distúrbio. São eles:
- ffumaça de cigarro;
- ácaros;
- poeira;
- irritantes químicos;
- infecções virais;
- fungos;
- fezes de barata;
- pólens;
- exercícios físicos intensos;
- animais de estimação;
- poluição ambiental;
- mudanças climáticas;
- estresse emocional;
- exposição ao ar frio.
Ainda, fatores de risco fazem com que determinadas pessoas sejam mais propensas à doença. Além do hereditarismo, eles incluem: ser do sexo masculino e obesidade.
Principais tratamentos
Por se tratar de uma enfermidade variável, não há um padrão de tratamento a ser seguido em todos os casos. Visto que, além de variar de asmático para asmático, ela também varia no mesmo paciente com o decorrer do tempo.
Dessa forma, o tratamento deve ser individual e completamente personalizado, de acordo com as necessidades do indivíduo.
Ademais, vale a pena ressaltar que o mesmo tratamento ter suas doses ajustadas ou então ser totalmente modificado conforme houver necessidade. Portanto, é imprescindível que este seja orientado por um profissional especializado.
Entretanto, de forma geral, a grande maioria dos asmáticos é tratada por meio de duas medicações: medicação de manutenção ou controladora e medicação de de resgate ou alívio.
Medicação de manutenção
A medicação de manutenção, como o próprio nome indica, age para prevenir o surgimento de sintomas e evitar que ocorram crises.
Ela atua diminuindo a inflamação dos brônquios e pode ser dividida em duas classes de medicamentos: anti-inflamatórios e broncodilatadores.
Os anti-inflamatórios são usados especialmente para prevenir e evitar as crises mais agudas, enquanto os broncodilatadores servem para dilatar as vias aéreas, devendo ser utilizados quando o indivíduo estiver com crise de tosse, falta de ar ou chiado no peito.
Medicação de resgate
Por outro lado, as medicação de resgate serve para tratar situações emergenciais e crises graves. Nesses momentos, normalmente, são usados corticosteróides, anticolinérgicos e agonistas adrenérgicos.
Também é preciso que o paciente se mantenha calmo, fale pouco, vistas roupas largas e permaneça em um ambiente arejado.
Caso a crise asmática persista por 2 ou 3 dias, ocorre a saturação dos alvéolos por gás carbônico, causando prejuízos às trocas pulmonares — o que pode ter um efeito negativo para todos os órgãos.
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