De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a asma é a 4ª maior responsável pelas internações no Brasil e uma das causas mais recorrentes das consultas pediátricas. Por esses dados, conseguimos imaginar a gravidade da doença.
Você sabe como ela se manifesta? Continue a leitura deste texto e descubra o que fazer para diagnosticar a doença e quais são as formas disponíveis de tratamento.
O que é Asma?
Em uma situação de exposição à fumaça de um incêndio, uma pessoa que não tem problemas respiratórios sentirá falta de ar. Ao perceber a presença desse alérgeno, o organismo desse indivíduo contrairá os brônquios para diminuir a passagem de ar.
O paciente asmático também terá essa dificuldade respiratória. Porém, esse agente causador provocará uma inflamação dos brônquios. Essa é a principal característica da doença. Há o estreitamento dos bronquíolos, eles inflamam e segregam mais muco, dificultando ainda mais o processo respiratório.
Quais são os sintomas?
Essa patologia respiratória é classificada de acordo com a recorrência dos sintomas. É considerada controlada quando os sinais estão ausentes e o paciente pode viver uma vida normal.
Ainda, pode ser parcialmente controlada e não controlada:
- o tipo parcialmente controlada é caracterizado pela presença dos sintomas em menor frequência;
- a não controlada é identificada quando eles aparecem de forma recorrente.
Os sintomas mais comuns são falta de ar, tosse seca, chiado ao respirar, dor no peito, respiração curta ou acelerada, pulsação rápida e agitação.
A asma também é identificada nas formas alérgica (extrínseca) e criptogenética (intrínseca):
- a extrínseca é reconhecida pela hipersensibilidade imediata, quando há uma resposta rápida do organismo aos fatores alergênicos;
- o tipo intrínseco é desencadeado por fatores climáticos, emocionais ou condições do organismo. Não há uma resposta ao alérgenos presentes no ambiente. É comum em pacientes adultos, acima dos 25 anos de idade.
Como diagnosticar?
As formas de diagnóstico mais comuns são a análise do histórico familiar do paciente, exame para avaliar a função pulmonar (consiste na medição da capacidade funcional dos pulmões), teste de óxido nítrico, gasometria arterial e exames de imagem.
Nesse exame, o paciente assopra um tubo conectado a um computador. Se houver uma crise asmática, ele utilizará um broncodilatador para assoprar pela segunda vez. Caso haja alguma alteração no resultado da primeira tentativa e não ocorra nada incomum na segunda vez, o diagnóstico é confirmado.
O teste de óxido nítrico mede a quantidade desse gás na respiração, que é menor em pessoas saudáveis. Os exames de imagem mais utilizados são a radiografia de tórax e a tomografia computadorizada dos pulmões. A gasometria é feita para medir os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue.
Como é o tratamento?
A base do tratamento é controlar os sintomas para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida. Pode ocorrer a prescrição de anti-inflamatórios, corticoides inalatórios e broncodilatadores.
O tratamento medicamentoso contínuo é aplicado para reduzir a sensibilidade e a inflamação dos brônquios do paciente. Pessoas que não fazem esse tratamento, colaboram para a formação de cicatrizes nos brônquios, tornando o quadro irreversível.
Nesses casos, não é possível o controle da asma. É importante esclarecer que nenhuma medicação deve ser realizada sem a prescrição médica. Por isso, procure um especialista para obter o melhor diagnóstico.
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