bombinha de asma

Mitos e verdades sobre a bombinha para asma

Com o avanço da internet e com a facilidade de acesso às novas tecnologias muita gente acaba falando o que quer. Infelizmente, vivemos numa época em que as informações devem ser checadas, porque, do contrário, ficamos reféns de inverdades. Por exemplo, algumas pessoas deixam de usar a bombinha para asma porque outros disseram que o item é viciante. Inclusive, os representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) apontam a desinformação como um dos principais indicadores do avanço da doença da asma no Brasil. Para que você tenha uma ideia da gravidade, apenas 12% dos brasileiros com asma estão com a doença controlada. Logo, 88% dos pacientes não utilizam ou usam a bombinha de forma incorreta. Sem sombra de dúvidas, a distribuição gratuita do medicamento, via Sistema Único de Saúde (SUS), através da Farmácia Popular, é um grande avanço. No entanto, precisamos ainda de um programa amplo de informação e conscientização sobre esse tema. Mas, por hora, preparei este artigo para esclarecer alguns mitos e verdades sobre a bombinha para asma. Quer ver? Continue lendo!

A bombinha de asma provoca problemas cardíacos

Assim como qualquer outro medicamento, os broncodilatadores têm efeitos colaterais, sobretudo nas pessoas sensíveis a essas substâncias. Portanto, a administração desse remédio precisa seguir rigorosamente as instruções do especialista. Quando alguém faz uso incorreto deles, certamente, enfrenta problemas, uma vez que a sua ação envolve dilatação de vasos pulmonares, brônquios e, consequentemente, isso atinge as artérias coronárias, gerando débito cardíaco. Logo, ninguém deve se automedicar, tampouco ignorar os conselhos médicos. Mas, no que tange ao fato de o spray provocar problemas cardíacos, isso não procede.

O espaçador promove ação mais eficaz

Nem todo mundo sabe usar a bombinha da forma correta, por isso, em muitos casos, o remédio fica depositado na bochecha, no céu da boca ou na gengiva, ao invés de ir para o pulmão. Nesse caso, o espaçador surge como a opção mais apropriada para as pessoas que têm dificuldade de manusear o nebulímetro. O item facilita a inalação dos broncodilatadores e o paciente consegue absorver lentamente a medicação. Portanto, sim, ele tende a ser mais eficiente.

A bombinha para asma engorda

A medicação não tem relação com o ganho de peso, principalmente porque a dosagem utilizada é baixa, de curta duração e ocorre por via oral. Portanto, a solução não é suficiente para cair na corrente sanguínea. No entanto, vale lembrar que os corticoides injetáveis ou na forma de comprimido, usados nos casos mais graves, podem, sim, engordar, uma vez que entram nos tecidos e consequentemente atingem a corrente sanguínea.

Os broncodilatadores podem matar

É exatamente o contrário, pois o remédio para asma ajuda a salvar vidas. Por isso, o portador da doença que não faz o tratamento correto corre risco de, por exemplo, sofrer um broncoespasmo grave, que leva à parada cardiorrespiratória em função da falta de ar. Percebeu como a desinformação pode manipular dados verdadeiros e propagar conteúdos inverídicos? Viu como a bombinha para asma é útil aos portadores da doença? Então, agora que você está por dentro, compartilhe com a sua rede e nos ajude as desmistificar as inverdades sobre o assunto. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra e pneumologista em Cuiabá!
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