fibrose cística

Fibrose cística: sintomas, diagnóstico e tratamento

A fibrose cística é uma doença congênita e pouco conhecida pela população. Em razão da falta de informação, é recorrente o diagnóstico tardio, o que pode levar ao óbito da criança.

Já ouviu falar sobre isso? Para ajudar você a entender mais sobre a doença, este texto aborda os principais sintomas, diagnóstico e possibilidades de tratamento. Continue a leitura e fique informado.

O que é fibrose cística?

É um distúrbio crônico que afeta, principalmente, o pâncreas, os pulmões e o sistema digestivo. Também conhecida como mucoviscidose ou doença do beijo salgado, a fibrose cística é causada por uma herança genética dos pais, mesmo que eles nunca tenham manifestado a doença.

O gene defeituoso provoca uma mudança no transporte dos íons, realizado pelas membranas das células. Essa alteração causa uma disfunção das glândulas exócrinas que passam a produzir muco, suor ou enzimas pancreáticas mais espessas.

Em razão disso, há um acúmulo de germes e bactérias nas vias respiratórias ou nos ductos do pâncreas. Essa obstrução afeta o funcionamento do organismo.

Quais são os sintomas?

A fibrose cística pode acometer o pâncreas, os pulmões e o sistema digestivo. Por isso, há uma grande variedade de sintomas. Quando afeta o pâncreas, as enzimas não conseguem chegar ao intestino. Assim, o organismo tem dificuldade para absorver os nutrientes, a pessoa não consegue ganhar peso e evacua mais vezes durante o dia.

Nos casos em que o fígado é afetado, podem ocorrer inflamações provocadas pela retenção da bile. Os pulmões, quando estão obstruídos por esse muco, podem provocar tosse com secreção, pneumonia e bronquite crônica.

Outros sintomas são inchaço e infecção das vias respiratórias, lesões pulmonares, dor abdominal, pancreatite, cirrose, perda excessiva de sal pelo suor, dificuldade de crescimento ou de ganho de peso, chiado no peito, entre outros.

Como diagnosticar?

A grande dificuldade dessa doença está na confirmação precoce do diagnóstico. Normalmente, as crianças que têm a doença não apresentam os sintomas após o nascimento, o que pode demorar anos para se manifestar.

A melhor forma de diagnosticar a fibrose é por meio dos principais exames realizados ainda na maternidade como, por exemplo, o teste do pezinho. Outros exames que complementam a confirmação do quadro são o teste de suor e o teste genético.

Apesar da dificuldade de se obter a confirmação precoce, existem situações específicas que podem despertar a atenção do pediatra para a ocorrência da fibrose. Por exemplo, algumas crianças nascem com obstrução intestinal por mecônio, conhecida como síndrome íleo meconial, que pode ser percebida por uma ultrassonografia.

Como é o tratamento?

O tratamento da fibrose cística é realizado por acompanhamento médico, que pode ser multidisciplinar, integrando pneumologista, endocrinologista, gastroenterologista, geneticista, fisioterapeuta e nutricionista.

O tratamento consiste em realizar suplementação vitamínica e de enzimas pancreáticas, seguir dieta rica em calorias, inalações de soro, fisioterapia respiratória e, nos casos graves de fibrose cística, prescrição de antibióticos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra e pneumologista em Cuiabá!

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